Autismo severo: amor e desafios dobrados

Ninguém disse que seria fácil, mas também ninguém disse o quão difícil seria. Você pode aceitar. Você pode encontrar pequenas maneiras de tornar a vida diária um pouco mais leve. Mas nada torna o autismo severo mais fácil, apenas é possível aprender a lidar com ele.

Quando as dificuldades sociais e emocionais tornam-se um enorme obstáculo, o conforto de um filho com autismo vira prioridade, acima do aniversário do melhor amigo, acima da reunião de família, acima até do próprio bem estar.

E se seus olhinhos recusarem a cruzar com outros, perdidos em algum ponto distante? E se o mundo ao redor não conseguir de maneira nenhuma fasciná-lo? É preciso aprender a decifrar o que a boca não diz. A tristeza, a alegria, a fome, o medo, o frio, a dor…

Milhões de pais e mães confrontam diariamente o autismo. Cada uma dessas famílias está em sua própria jornada, com seus desafios únicos. A maioria das pessoas não tem ideia do quão sinuosa é a estrada dessa jornada.

Muitos pais desenvolvem problemas psicológicos, na frustração de não conseguir melhorar a vida de seus filhos. Além disso, a preocupação com o futuro está ali, pulsando a todo momento. É como ter uma ferida aberta, que nunca cicatriza.

Estar em uma extremidade ou outra do espectro não muda em nada o amor de sua família. Mas um grau severo exige muito mais determinação para que o amor e a proteção façam-se presentes em qualquer circunstância.

Entre esse filho e o resto do mundo existe um muro. Um muro de paredes tão grossas que só o amor incondicional é capaz de romper. Ou ao menos abrir aos poucos uma porta!

Por Amanda Puly

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