Crianças especiais: a aceitação começa na família!

Descobrir que seu filho nasceu com uma deficiência – ou a desenvolveu com o passar do tempo – é muito doloroso para qualquer pai ou mãe. Pode tornar-se uma situação ainda mais difícil quando sua própria família, que prometeu amá-lo em qualquer situação ou circunstância, não oferece qualquer apoio. Ou pior, não aceita a condição da criança e critica a luta dos pais.

Alguns membros da família optam por afastar-se, enquanto outros criticam tudo que é feito pelos pais. Já viu esse filme? Existem muitos familiares que são inflexíveis em suas opiniões. Provavelmente, essas pessoas não terão o privilégio de conhecer verdadeiramente a criança e aprender com ela, simplesmente por não se abrirem às diferenças.

É muito importante que a criança conviva com quem entende que as deficiências são parte natural da diversidade humana.

DEFICIÊNCIAS INVISÍVEIS

É ainda mais complexo entender e aceitar uma deficiência invisível, como o autismo, a dislexia e o transtorno do processamento sensorial. Quando os sintomas não são visíveis, é praticamente impossível reconhecer as dificuldades em interações breves, como nos encontros familiares ocasionais. Os sintomas podem ser facilmente confundidos com timidez, falta de limites, agitação, imaturidade ou temperamento difícil, por exemplo.

MELHOR ENTÃO É INVESTIR NOS AMIGOS?

Em muitos casos, a família se torna uma carga tão pesada que é preferível afastar-se.

Um filho com necessidades especiais faz com que os pais se aproximem de pessoas com dificuldades semelhantes, com quem é possível trocar experiências e compreensão.

Por mais doloroso que seja, não há em nenhum ser humano energia suficiente para convencer outras pessoas de coisas que elas não estão dispostas a ouvir.

Os amigos não necessariamente substituem a família, mas ajudam a preencher o vazio deixado por ela. O importante é que a criança conviva com quem a respeite e realmente se importe.

E QUANDO ATÉ OS PAIS SE RECUSAM A ACEITAR?

Com tanta informação disponível atualmente, é mais fácil que médicos, professores e outras pessoas do convívio da criança consigam identificar quando existe alguma suspeita sobre ela. Mas muitos pais fogem dessas informações e correm na direção contrária. Se recusam a enxergar qualquer problema e, dessa forma, negligenciam a intervenção precoce, que seria fundamental no desenvolvimento de seu filho.

Embora uma criança especial traga muitos desafios a uma família, a transformação pode ser também positiva. Encarar esses desafios com receptividade e permitir-se enxergar habilidades e progressos da criança, pode fortalecer ainda mais os laços familiares. A dor certamente virá antes do amor, mas a transformação acontecerá em nossa vida da maneira que permitirmos.

Por Amanda Puly

Aproveito para deixar o link do depoimento de uma mãe e leitora deste site – a Gislaine Dutra, mãe do Rafa – que complementa o post de hoje!

Artigos Relacionados

Responder