Os 3 maiores equívocos sobre as mães especiais

Como mãe de dois filhos, sendo um deles com autismo e outro com TDAH (que não é uma necessidade especial, mas também é nível hard!), muitas pessoas me dizem palavras de incentivo, apoio e até admiração. Acho que são palavras ditas com frequência a muitas mães especiais. Aprecio a boa intenção em muitos desses comentários, mas sinto que preciso esclarecer alguns deles.

  1. Você é tão forte! Alguns dias sou forte, mas outros não, assim como você. Tem dias que sinto que posso ganhar o mundo, mas já chorei muito no carro também. Em algumas manhãs, seria mais fácil continuar dormindo. Muitas vezes tenho determinação para enfrentar a rotina com otimismo. Ser forte não é necessariamente um requisito para ter um filho com necessidades especiais, mas talvez ser perseverante.
  2. Sua vida deve ser tão difícil! Há muitos momentos difíceis. As fases de adaptação (nova escola, novos médicos, novas rotinas…) costumam ser as mais complicadas. Mas pensar que ter um filho especial significa ter uma vida de dificuldades e desespero é um engano muito grande! Nossa vida está cheia de momentos lindos. Vejo meus filhos brincando e rindo juntos, orgulhosos com suas conquistas, formando suas opiniões, tendo personalidades tão diferentes, observo-os dormindo de forma tão serena… e são esses momentos que tornam mais leves os dias difíceis!
  3. Você é sempre tão calma/tem tanta paciência! Definitivamente não. Eu tento ser. Tento respirar fundo para não surtar em certos momentos, mas também perco a paciência. O auto controle é um exercício diário que tento praticar. E espero estar melhorando a cada dia! Mas algumas manhãs são uma correria, também não gosto de esperar, saio atrasada de vez em quando, conto até 20, 30, 40… E quando o tempo passa um pouquinho, a serenidade volta, meus filhos precisam dela.

Por Amanda Puly

 

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