Gotas de infância e algumas memórias

Por Fábio Andreis*

Dia desses, me peguei voltando à infância. Era sábado eu havia acabado de voltar do trabalho. Chovia, mas como era verão, o tempo estava quente. Minha esposa, olhando pela sacada, disse que estava com vontade de tomar um banho de chuva e minha filha (que adora uma bagunça), já se animou. Eu disse ‘Vão!’.

Agora eu, olhando pela sacada, ao ver a alegria das duas brincando encharcadas, imediatamente fui transportado a um tempo em que andávamos na rua, brincávamos, escorregávamos nas poças que se formavam na grama e andávamos de bicicleta por aí. Até me lembrei da cara de brava da minha mãe quando eu chegava em casa com a camiseta (coincidentemente branca) toda respingada de barro.

Durante aqueles minutos percebi a importância de valorizar momentos como esses, de não nos preocuparmos tanto com a roupa molhada ou suja, com os pingos , com o rabisco na parede, com o molho derramado na mesa, a farinha espalhada na bancada ou com a areia do parque. A bagunça e a sujeira fazem parte da experiência e da alegria de brincar!

*Fábio é o pai da Maria Clara e da Pietra, marido da nossa editora Paula.

 

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