Como estimular meu bebê?

Dia desses ouvi falar sobre um bebê que estava com atraso em seu desenvolvimento, mas os pais não sabiam a causa. Com um pouco mais de investigação descobriu-se que a criança passava muito tempo do seu dia no bebê conforto, com pouquíssimos estímulos. Foi fácil recuperar o tempo perdido. Esse caso não é incomum.
Estímulos são sim, necessários ao bebê. Mas não com o intuito de fazê-los andar, falar ou ler antes do tempo. Nada de maratonas pra acelerar ou pular etapas. Quando aplicados da forma certa, os estímulos podem proporcionar ao bebê (sendo ele típico ou com algum tipo de necessidade especial) um desenvolvimento mais adequado, além de oportunizar a exploração de diferentes habilidades.

O mais interessante é que os melhores estímulos para o bebê são muito simples e bem acessíveis. Atentando-se um pouco mais para muitas das atividades que já são realizadas no dia a dia podemos ver ótimos resultados. Veja o que você pode fazer:

  • Ser carinhosa (o). A afetividade é o principal ponto para estimular o bebê. Seja da mãe ou de outro cuidador.
  • Conversar com o bebê sempre que possível, de preferência com “olho no olho”. Falar o que irá acontecer. Contar, por exemplo que ele irá tomar vacina, que irá doer, mas é para o bem dele. Aproveitar também os momentos de higiene para conversas.
  • Durante o banho, utilizar uma esponjinha para que ele sinta a textura. Explorar bem a palma das mãos e a sola dos pés (se não parecer desagradável à criança). Deixar que o bebê brinque durante o banho. Um simples pote plástico pode transformar-se em um divertido brinquedo.
  • Oportunizar o contato com elementos da natureza.
  • Realizar passeios (pode ser até pela rua de casa). Cada tipo de espaço pode proporcionar o contato com diferentes odores, formas, cores, elementos…
  • Organizar um cantinho em casa que ofereça ao bebê certa liberdade de movimentos e de escolhas.
  • Deixar que ele explore outros objetos que não sejam brinquedos. Alguns utensílios de cozinha, por exemplo (sempre verificando se o objeto é seguro, se não há pontas ou pedaços pequenos que se soltem).
  • Cantar para o bebê pode ser um excelente estímulo. Aproveite e cante também musiquinhas encaixando o nome do bebê na letra.
  • Dançar com o bebê no colo.
  • Brincar produzindo sons com objetos ou partes do corpo.
  • Brincar com caretas.
  • Fazer brincadeiras com o bebê em frente ao espelho.
  • Brincar de esconde-esconde, desaparecendo por alguns segundos do campo de visão do bebê. Depois, utilizando objetos de sua preferência.
  • Proporcionar o contato com outras crianças em encontros da família ou em um parque, por exemplo.
  • Ler para a criança desde sempre. Oportunizar o contato com os livros faz toda a diferença.
  • Independente do método escolhido para introdução alimentar, permitir a exploração dos alimentos, mesmo que faça muita sujeira.
  • Repetir. Bebês amam repetições!

Por Paula Puly

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2 Comentários

  • Posted 11 de January de 2016

    Joyce

    Olá! Eu tenho uma dúvida. Não sei se pode ajudar.
    Eu vou adotar um bebê de até 18 meses e tenho receio de que ele ou ela não seja devidamente estimulado enquanto estiver em abrigo ou na família de origem. Caso ele/a já tenha 18 meses, por exemplo, consigo recuperar o tempo perdido? Porque até afetivamente ele/a vai estar prejudicado/a, né?
    Obrigada! Bjos!

    • Posted 11 de January de 2016

      Paula Puly

      Olá! Parabéns pela iniciativa de adotar! Que seja uma linda caminhada! Com certeza a criança passará pela avaliação de um pediatra e possivelmente de um neurologista que poderão te orientar com mais segurança. Pode ser que precise de um acompanhamento profissional, pode ser que não, mas sem uma avaliação médica não há como ter certeza. Se o único problema for a falta de estímulos, acredito que o tempo perdido será recuperado rapidamente. O mais importante com certeza essa criança terá: uma família que lhe dará muito amor! O resto sempre vai se ajeitando… mande notícias! Beijos

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