Coloque a máscara de oxigênio primeiro em você!
Existem muitos estudos que mostram taxas mais altas de ansiedade e depressão em famílias que criam filhos com necessidades especiais. Mas será que damos importância suficiente aos desafios mentais implicados nessa tarefa?
Fala-se muito sobre as deficiências, sobre as terapias e intervenções necessárias, sobre direitos e sobre os demais assuntos relacionados à criança (ou adulto), mas não se dá a devida atenção ao bem estar dos pais ou seus cuidadores e ao quanto estão vulneráveis emocionalmente.
Os desafios são muitos! São as comparações, gastos financeiros adicionais, falta de inclusão social, despreparo de profissionais, limitações na educação, etc. E cada vez que um desafio é superado, surge outro… e outro… e outro. Alguns precisarão de muita dedicação. Outros podem nem ser vencidos na maneira que se espera. E será que estamos realmente conscientes disso?
É claro que não conseguimos priorizar nossa saúde mental. Afinal, estamos tão ocupados fazendo malabarismos com as necessidades extras de nossos filhos, que os cuidados com as nossas necessidades acabam lá no finalzinho da fila.
O fato é que pais fadigados emocionalmente não conseguem ajudar seus filhos com a mesma eficiência daqueles que já entenderam a importância do cuidado pessoal.
Como então buscar esse equilíbrio emocional?
Entender e aceitar seus próprios limites é fundamental. Precisamos aprender a pedir ajuda e não encarar toda a responsabilidade como exclusivamente nossa. Do contrário, a exaustão será constantemente nossa companheira.
Os cuidados básicos consigo mesmo estão relacionados a dormir bem, alimentar-se adequadamente, fazer exercícios físicos, fazer algo que goste e separar um tempo para si mesmo. Nada tão difícil de se buscar, não é mesmo? Terapia também pode ser uma grande aliada!
Não importa o quanto você ame seu filho (e tenho certeza que é bastante), cuide-se! Não julgue-se tão severamente, nem negligencie sua saúde. Sua missão é de muito amor, não somente com seu filho, mas também consigo mesmo!
Por Amanda Puly
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