Após o diagnóstico, o renascimento da mãe

Você nunca esquecerá do dia em que tornou-se mãe. Este dia em que colocaram em seus braços o ser mais indefeso e dependente que você poderia conhecer. Depois de meses de espera, seu bebê estava finalmente em seus braços. A sensação do toque e do cheiro são inesquecíveis!

Tornar-se mãe é sentir-se única, amada e com toda a responsabilidade de uma vida em suas mãos. Um amor inexplicável! O coração parece dobrar de tamanho… E neste dia você prometeu que faria qualquer coisa para ver seu filho saudável e feliz.

Mas você também nunca esquecerá do dia em que recebeu o diagnóstico do seu filho. Foi como se faltasse o chão, não é mesmo? E então você pôde lembrar-se daquilo que prometeu quando tornou-se mãe: em qualquer circunstância, essa criança seria amada e feliz.

Você juntou todas as forças que restaram para se reerguer. E, lentamente, foi sendo capacitada para cumprir sua promessa.

Você renasceu como mãe. Revisou suas expectativas e reaprendeu. A rotina, os objetivos, os amigos, a casa, as prioridades… tudo parece ter mudado. O aprendizado tornou-se constante. Pequenas coisas tornaram-se grandes e cada conquista mereceu ser celebrada!

Então você se deu conta de que o amor não mudou. Em nada! Não mudou, nem mudará.

E o diagnóstico deixou de ser importante, porque a felicidade do seu filho estava à frente… Diante dele, uma nova mãe.

Você nunca esquecerá do dia do diagnóstico. Toda a dor e todo o sofrimento deste dia foram necessários, pois seriam o impulso que você precisaria para renascer e lutar! Agora nós podemos ser esse impulso que outros pais e mães precisam diante de novos diagnósticos. Através do compartilhamento dos nossos conhecimentos e experiências, podemos ser consolo e alavanca. Somos sobreviventes… e queremos que outras famílias possam sobreviver também!

Por Amanda Puly

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