A dura verdade sobre a palmada

A palmada vem sendo utilizada para disciplinar crianças desde sempre. Para muitos pais, o simples fato de terem sido educados dessa forma justifica agirem da mesma forma com seus filhos. E alegam terem crescido sem ressentimentos ou problemas emocionais. O fato de uma pessoa que fumou a vida inteira ter chego à velhice sem problemas respiratórios não significa que o cigarro faça bem, certo?

Palmadas não só não funcionam, como podem ser prejudiciais às crianças a longo prazo. Qualquer que seja a idade da criança, não existem efeitos positivos associados ao castigo físico.

A criança que apanha sente-se oprimida e pode ter a autoestima prejudicada. As surras estimulam a criança a mentir ou omitir, no desespero de evitá-las. E o pior, ela aprende a usar a violência em outras situações.

Pode parecer que uma palmada momentaneamente funcione, como uma solução imediata. Mas, a longo prazo, a criança aprende a escutar e obedecer apenas por medo, não por respeito. Futuramente, os resultados são a falta de confiança, a hostilidade, o ressentimento e a rebeldia. Apanhar dos pais forma cicatrizes emocionais que serão carregadas por toda a vida.

Se após uma palmada o mau comportamento continuar, qual o próximo passo? Gritar? Bater mais ou mais forte?

Como então educar e conseguir respeito?

O respeito é uma via de mão dupla: quando demonstramos respeito, somos respeitados. Agir com a criança como gostaríamos que agissem com a gente é a melhor solução. É a tal da empatia se fazendo necessária.

Uma solução é encontrar maneiras de reduzir seu próprio estresse. Cozinhe, faça caminhadas, ouça música, durma melhor, ou qualquer outra coisa que faça com que você se sinta bem. Gritos e agressões costumam ocorrer quando os pais já estão estressados com outros problemas.

Quando estiver saindo do seu eixo, dê um tempo, tome um ar, respire fundo. Em pouco tempo é possível ver a mudança do nosso comportamento refletida em nossos filhos!

Disciplinar significa ensinar. Existem outras formas de disciplinar nossos filhos: através da compreensão, empatia, criação de rotinas, diálogo e do envolvimento das crianças na criação das regras e solução dos conflitos.

Por Amanda Puly

Veja também:

3 princípios para pensar antes de disciplinar

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