O caminho entre o diagnóstico e a felicidade

Quando uma família gera um filho, nele coloca todos os seus planos, sonhos e expectativas. Será a criança mais amada, nunca lhe faltará nada, faremos o impossível para que tenha tudo do melhor.

Mas pode ser que algum dia o horizonte colorido escureça, como nuvens que chegam anunciando uma tempestade. Essa criança, na qual tantos sonhos foram depositados, passa a trilhar seu caminho de maneira sinuosa, fora da estrada.

Os pais colocam então suas esperanças em uma nova expectativa, a de que o “problema” é temporário e que logo os médicos, terapias e remédios irão resolver.

De repente, o “problema” decide ficar e com ele a família sente o peso de um diagnóstico. Não é fácil mudar tudo em que você acredita! Existem muitas formas de encarar esse diagnóstico: rejeitar, se conformar, lutar contra, defender, compreender, duvidar… Aceitar ou não não deveria ser uma escolha, mas isso o tempo se encarrega de nos ensinar.

O problema da rejeição é que a sua melhor amiga é a amargura. E a amargura traz a tristeza, a frustração, a culpa, a ansiedade, a depressão e o pior: o declínio do amor.

Mas será que basta somente aceitar? Manter-se otimista? Talvez 20 horas de terapias semanais não resolvam o “problema”. Nem os melhores médicos. Nem todo seu salário investido nos melhores tratamentos.

E para piorar a situação, terá sempre os filhos dos amigos, que estão crescendo e se desenvolvendo super bem. A comparação é uma bruxa má!

A felicidade só chegará quando decidirmos fugir das comparações. Quando compreendermos de fato quem são nossos filhos e que missão eles têm neste mundo.  Quando abrimos a mente e o coração para mudar o ponto de vista. Quando abrimos os olhos para enxergar as qualidades à frente do diagnóstico. Isso é experimentar o amor incondicional.

Meu filho não brinca como as outras crianças, não aprende como elas, não fala como elas, nem tem os mesmos gostos que as crianças da sua idade. E quando eu presto bem atenção, vejo o quando o seu jeito e a sua percepção são fascinantes! Não vou conseguir mudá-lo, ele não irá comer ou vestir-se da maneira que eu acho que deveria. Ele é um seguidor de regras e rotinas, mas é brilhante, talentoso e engraçado!

Nossos filhos são extraordinários. Celebre a individualidade, não a critique! Convide a felicidade e a gratidão a fazerem parte da sua vida todos os dias. Nós temos o poder de decidir o que nos traz felicidade!

Por Amanda Puly

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2 Comentários

  • Posted 14 de Agoust de 2017

    Marcelle

    Adorei dou mãe do Diego ele tem autismo leve mas é muito inteligente a maior dificuldade dele é se comunicar e expressar sentimentos e interagir com as pessoas temos 1 mês de tratamento com terapias fono e psicólogo mas já vejo melhoras o amor é a cura .

    • Posted 14 de Agoust de 2017

      Amanda Puly

      Obrigada Marcelle! Dificuldades sempre existirão, só precisamos encontrar a melhor forma de lidar com elas… Um beijo!

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