Nem mal educados, nem desobedientes – apenas cérebros em formação
Birras, batalhas em torno do dever de casa, disputas de poder… Às vezes parece que as crianças conspiram para enlouquecer os pais!
A verdade é que as crianças se comportam dessa forma porque estão em um estado contínuo de descoberta e conhecimento pessoal. Isso significa que elas assumirão o risco de infringir regras, desafiar as autoridades e transgredir os limites para o bem do seu próprio desenvolvimento cognitivo. São apenas cérebros em desenvolvimento, tentando formar sua personalidade.
Quando definimos limites de maneira respeitosa e quando entendemos que as atitudes desafiadoras fazem parte da educação, os “maus comportamentos” se convertem em oportunidades de despertar o pensamento crítico das crianças.
O problema não é o comportamento inadequado da criança. O problema é quando nós adultos não conseguimos controlar as nossas emoções e reagimos com desrespeito. Todo erro deve ser corrigido, mas com o respeito que todos os seres humanos merecem. Como qualquer pessoa. Como você, como eu, como seu chefe ou seu vizinho.
Ajude seu filho a compreender as razões que o levaram a tais atitudes, para juntos buscarem alternativas de mudança. Faça isso como uma conduta de apoio e não de raiva ou vingança. Mesmo quando estiver decepcionado, continue a dar apoio.
Antes de intervir aos comportamentos da criança, lembre-se de quais são os seus objetivos. Se meu objetivo é que ela cresça com confiança e autoestima, não posso agarrá-la a força, dizendo palavras rudes, e simplesmente colocá-la de castigo. Lembre-se que não só os gritos podem ferir. A falta de ternura também dói. E não existe educação sem ternura!
Por Amanda Puly