Sobre necessidades especiais, aceitação e os “rótulos”

Muitos pais têm medo de “rótulos”. Têm medo de julgamentos. Não buscam ou comunicam um diagnóstico com receio seus filhos sejam definidos por ele.

Eu entendo esse medo, já o tive também. Já fiquei muitas vezes na dúvida se dizia ou não que meu filho tem autismo, com medo de que ele fosse tratado de forma diferente ou que suas capacidades fossem subestimadas.

Dizer que uma criança tem um diagnóstico não é afirmar que há algo errado com ela. As necessidades especiais trazem consigo um aprendizado grandioso, uma perspectiva única e infinitas possibilidades. Quando não utilizamos o “rótulo” podemos estar negando parte da personalidade.

É claro que há desafios, convivemos com eles todos os dias. Mas quando aceitamos esses desafios de verdade, eles se tornam menos assustadores.

O “rótulo” permite exigir os direitos, brigar por eles. Permite buscar ajuda e apoio. Permite entendimento, compreensão.

Esse “rótulo” não define ninguém, mas é o primeiro passo em busca do desenvolvimento da criança. É o reconhecimento de que há dificuldades que precisam ser superadas. É sinal de que há aceitação, desenvolvimento e progresso. Sinal de que ali existe uma criança cujos pais acreditam em seus desenvolvimento pleno.

Assumir o diagnóstico é possibilitar encontrar outras famílias enfrentando as mesmas dificuldades. É permitir a união dessas famílias formando uma grande comunidade de apoio, um elo de pessoas conectadas com um mesmo propósito.

Permita que seu filho desenvolva o autoconhecimento e a autoestima, que sinta orgulho do que é. Não tenha medo de assumir seu “rótulo”, pois ele um dia se tornará um adulto mais confiante, realizado e orgulhoso de si mesmo!

Por Amanda Puly

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