Os primeiros sinais de autismo
O autismo é um transtorno que não pode ser detectado através de exames. Ele é diagnosticado clinicamente e seus sintomas podem ser notados desde muito cedo, a partir dos 6 meses de idade. Os pais são geralmente as pessoas mais presentes na vida de uma criança e podem detectar os primeiros sinais antes de qualquer um.
- por volta dos 6 meses de idade, a criança não manifesta grandes sorrisos ou outras expressões faciais;
- por volta dos 9 meses de idade, a criança não olha nos olhos da mãe, não imita quando alguém sorri ou bate palmas;
- por volta dos 12 meses de idade, a criança não reconhece quando chamam por seu nome, não aponta ou tenta balbuciar o que quer;
- por volta de 1 ano e meio, a criança ainda não fala nenhuma palavra ou não consegue comunicar algumas necessidades básicas como fome ou fralda suja. Ela pode também puxar os adultos pela mão, apontando para o que deseja;
- por volta dos 2 anos de idade, a criança não se comunica de maneira funcional, ou seja, não faz frases com no mínimo duas palavras que não sejam repetições (ecolalia).
Além disso, fique atento também se a criança:
- apresenta apego muito grande a um determinado objeto;
- parece não entender bem o que é dito, compreendendo melhor o que lhe é comunicado visualmente;
- apresenta habilidades específicas, como a leitura precoce ou a identificação de letras e algarismos;
- não sabe brincar de faz de conta, prefere brincadeiras concretas, não imaginativas;
- apresenta padrões repetitivos ao brincar ou manipular objetos;
- parece ser fria emocionalmente, como se não tivesse empatia;
- prefere brincar sozinha;
- não gosta de carinhos, toques ou outras sensações táteis;
- parece muito sensível a ruídos ou não ter sensibilidade alguma;
- aparenta não ter medo de altura e outras situações perigosas;
- fica muito incomodada com mudanças na rotina;
- fica irritada em ambientes cheios ou barulhentos.
O autismo não tem cura, mas quanto antes for identificado, melhores as chances da criança melhorar seu desenvolvimento e autonomia. Pode ser que a criança não apresente todos os sintomas, mas é importante agendar uma consulta com um neuropediatra assim que houver desconfiança.
Por Amanda Puly