Seu filho está pronto para ter um celular?

Não é apenas uma questão de ter a idade certa. Ter um celular envolve responsabilidades para as quais a criança precisa estar preparada. Já deixou de ser coisa de adolescente, cada vez mais cedo as crianças têm acesso a seus próprios celulares. Para nós pais, pode ser uma vantagem, principalmente quando a criança desenvolve certa independência.

Mas a perspectiva de ter um telefone celular vem com uma série de preocupações:

  • Custo. Quanto tempo a criança irá demorar para trazê-lo quebrado? Ou será que ela consegue cuidar para que não se perca? Vale avaliar com que frequência ela perde ou quebra outros objetos pessoais.
  • Mensalidades. Uma fatura pode subir rapidamente sem que a criança entenda o valor do dinheiro. Não são só ligações ou mensagens. Existem muitos aplicativos e games que são pagos. É importante estar atento ao valor que a criança dá ao dinheiro, se em um momento de impulsividade não gastará com vidas em um joguinho, por exemplo.
  • Publicações. E se seu filho receber ou enviar conteúdos inapropriados para sua idade? Alguns erros podem ser permanentes. Será que ele entende que algumas publicações que ele fizer hoje podem ficar marcadas no futuro, quando estiver em uma faculdade ou procurando um emprego, por exemplo?
  • Cyberbullying. Quanto mais presente a criança está em redes sociais, mais vulnerável ela fica.
  • Tomando conta de sua vida. Talvez o aspecto mais ameaçador é quando o aparelho suga toda a atenção da criança. Sabe aquela imagem aterrorizante do almoço em família em que a criança não tira os olhos da tela?

Avaliando os riscos, nós pais é que decidimos se é o momento certo ou não.

Se decidirmos que sim, já podemos dar esse voto de confiança, é necessário colocar orientações bem claras sobre o uso do dispositivo:

  • Estabelecer que a senha de bloqueio deve ser de conhecimento dos pais. Afinal, tudo aquilo que fazemos escondido é porque não é muito certo, não é?
  • Estabelecer um limite de uso diário e também os momentos em que ele deverá permanecer desligado, como a hora das refeições, dos estudos e de dormir.
  • Limitar o gasto mensal para um valor que a família considere razoavelmente justo.
  • Determinar as consequências caso o aparelho seja perdido ou quebrado. Ele será substituído? Quem vai pagar por isso?
  • Monitorar as redes sociais que a criança utiliza e deixá-la ciente de que você fará isso. Conversar também sobre coisas que a família considera inadequadas e não quer que sejam expostas.

Mesmo que você opte por regras diferentes, certifique-se de que elas estão claras desde o início. Quando as orientações iniciais não fores seguidas, os pais devem suspender o uso do celular até que a criança tenha adquirido maturidade suficiente para usá-lo. Afinal, estamos educando nossos filhos para que tomem boas decisões ao longo de suas vidas.

Por Amanda Puly

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