E se meu filho estiver praticando bullying com outras crianças?

Somente as pessoas que já viveram alguma situação de assédio moral sabem o quão devastador e doloroso é ser vítima de bullying. Se você é pai, mãe ou professor e sabe que uma criança está envolvida em comportamentos de bullying, existem atitudes que você deve tomar para lidar com o problema.

O primeiro passo é entender que todas as crianças cometem erros, que isso faz parte do seu crescimento. Os pais que negam a possibilidade de seus filhos estarem agredindo outras crianças, dificultam a ajuda que os “valentões” também precisam.

É importante saber que o bullying não é somente caracterizado por agressões físicas. Agressões verbais, comportamentais ou de relacionamento e cyber-bullying também ferem e podem ter efeito devastador sobre o bem estar emocional de uma criança ou adolescente.

As agressões costumam ser direcionadas àqueles que são “diferentes”. Podem ser por causa da maneira como se vestem, da sua cor, da sua religião, da sua orientação sexual, etc. Pode ser simplesmente por que uma criança é nova na escola e ainda não tem amigos.

Os pais e os professores têm um papel crucial para prevenir, identificar e parar com o bullying. E pode ser muito difícil para qualquer pai saber que seu filho está intimidando outras crianças. Mas é importante saber que quanto mais cedo você admitir e resolver o problema, maiores as chances de evitar os efeitos a longo prazo deste comportamento.

Sinais de alerta!

Seu filho:

  • torna-se frequentemente violento com os outros;
  • envolve-se em brigas físicas ou verbais com frequência;
  • tem dinheiro ou objetos que não sabe explicar como conseguiu;
  • é rápido ao culpar os outros, nunca assume seus erros;
  • tem amigos que costumam intimidar os outros;
  • não sabe perder, precisa ser melhor em tudo.

Muitos dos comportamentos da criança podem refletir o que ela vivencia em casa. Pais que costumam xingar no trânsito, se estressar com facilidade, agredir o filho física ou verbalmente, humilhar o frentista ou o caixa do supermercado, falar mal dos professores, etc, podem estar influenciando negativamente a criança, mesmo sem se dar conta.

Mas se não é seu caso, não há motivo para sentir culpa! É necessário entender que essa criança também precisa de ajuda. Algumas dicas que podem ajudar:

  • Converse mais com seu filho. Saiba mais sobre a vida dele, as coisas que gosta de fazer, quem são seus amigos. Dê-lhe ouvidos. Muitas vezes a má influência vem de amigos ou colegas e seu filho pode estar somente tentando ser aceito.
  • Ensine sobre empatia. Muitas vezes a criança que pratica o bullying não sabe o quão doloroso pode estar sendo seu comportamento. Ensine seu filho a olhar as atitudes do ponto de vista da vítima, se colocar no lugar dela. E mostre quantos casos que pareciam uma coisa boba já acabaram muito mal.
  • Limite as tecnologias. Pesquisas já comprovaram que alguns games influenciam diretamente no comportamento agressivo das crianças. Além disso, é importante que os pais monitorem o uso de e-mail, celulares, mensagens, programas de televisão. O que mais vemos são conteúdos inadequados, incetivos a violência, valores negativos, etc.
  • Estabeleça regras e limites. Deixe claro quais são os limites dos comportamentos da criança. A falta de regras demonstra à criança que ela não é digna de tempo, atenção e cuidado dos pais.

Por Amanda Puly

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