Quanto aos ‘olhares’ curiosos às crianças especiais…
Eu vejo pessoas de longe, observando, achando estranho, querendo fazer perguntas, mas talvez com medo de ofender. Às vezes tentam disfarçar, mas os olhos sempre voltam para o que consideram diferente. Eu sei como é isso, ficamos curiosos diante do que não conhecemos.
É difícil saber como agir diante do diferente. O que dizer? O que fazer? Dá para fazer perguntas?
Bom, vou explicar o meu ponto de vista. Quando temos um filho especial, é para a vida toda. Mas não é necessário sentir compaixão ou medo. Temos muito orgulho de estar onde estamos e não temos porque sentir vergonha.
Uma criança especial é diferente, só isso. Não é menos. Não é estranha. É como a grande infinidade de frutas que existem. Cada uma ter sua cor, seu sabor e sua importância para a saúde. Assim também somos nós, com nossa diversidade de características, cada um trazendo sua contribuição ao mundo. Não cabe a nós questionar o porquê nos são enviados filhos especiais, isso não tem importância. Eles simplesmente nos são dados, como uma missão. E cabe a nós fazer com que experimentem a vida da melhor forma possível.
Eu sei que aquilo com o que não estamos familiarizados nos causa medos e incertezas. Não tenha medo medo de perguntar, é melhor do que tirar conclusões precipitadas. Não ficamos constrangidos ao falar da deficiência dos nossos filhos, pelo contrário! Estamos abertos a conversar sobre isso. A única coisa que nos deixa tristes é se você levar seu filho para outro brinquedo mais longe no parquinho. Ou se você não der bola quando ele tentar interagir com você. Permita-se se conhecer, as deficiências nos ensinam coisas incríveis!
Por Amanda Puly