Entre a infância e a adolescência: a fase de transição
Ao contrário do que acontece na infância, quando os pais são as maiores referências para os filhos, na adolescência esse modelo começa a se transformar. As maiores influências passam a ser de amigos e de ídolos (estejam eles na televisão ou na internet).
Momento difícil para nós pais, mas muito mais difícil para os filhos, que estão em busca da sua identidade, sua autenticidade. É uma fase cheia de descobertas e transformações, onde um certo receio de rejeição faz com que estejam sempre em busca da sua opinião própria e suas ideias originais.
Estou vivenciando essa fase com meu filho mais velho e confesso que tenho muitas dúvidas. Nem sempre sei qual a melhor atitude ou tenho a palavra certa. Mas é o momento de estreitar ainda mais os laços e cultivar a confiança:
- Mantenha a comunicação aberta sempre. Converse todos os dias com seu filho, saiba o que acontece em sua vida, quais são suas dúvidas, suas alegrias e seus anseios. Seja a pessoa com quem ele pode contar em todas as suas angústias.
- Os amigos ganham muita importância nessa fase, então não adianta ir contra eles. Esteja dentro do ciclo de amizades.
- Seja receptivo às dúvidas do seu filho. É melhor que ele conheça o mundo através de você.
- Procure entender o que se passa na cabeça dele antes de criticar. Divida momentos da sua vida quando tinha a mesma idade.
- Use sempre a empatia e o respeito quando tiver dúvidas de como agir.
- Não critique ou se surpreenda com mudanças de comportamento mesmo que ache estranho. As mudanças são naturais, fazem parte.
- Mente aberta para saber que nem sempre a sua opinião sera ouvida e será muitas vezes contrariada.
É difícil ponderar as responsabilidades, distinguir se nossas cobranças serão para uma criança ou um adulto. A criança/adolescente que está em fase de transição irá questionar tudo que for ensinado pelos pais, afim de definir seus próprios valores.
Estamos acostumados a sempre saber o que é melhor para nossos filhos. Mas nessa fase eles já têm noção do que querem e o que é bom para si, o que nem sempre vai de encontro com nossos desejos. Nós é que precisamos abrir a mente e o coração. E aceitar! Tentar sempre agir de maneira verdadeira e honesta, pois é a melhor forma de demonstrar respeito e conquistar confiança!
Por Amanda Puly