O poder das palavras na educação das crianças
Aquilo que dizemos às crianças tem o poder de transformá-las. Para o bem ou para o mal, tudo depende das palavras que estamos utilizando.
“Você não faz nada direito!”
“Você é um preguiçoso!”
“Bagunceiro!”
“Está sempre incomodando.”
“Você não pára quieto!”
“Mentiroso”
Estamos frequentemente cansados, cheios dos problemas cotidianos, estressados com o trânsito e com o trabalho… E sem querer podemos expressar algo que não é exatamente o que estamos sentindo. O problema é que as palavras podem ferir e ficar marcadas, especialmente quando proferidas com raiva.
Nossa maneira de enxergar a vida influencia a forma como nos sentimos. Essa é uma decisão inconsciente, mas é possível exercitá-la para visão mais “otimista”. Mudar aquilo que acreditamos ser a verdade apenas alterando o ponto de percepção pode ser o caminho. Tente:
- Usar menos a linguagem limitadora: você não consegue, você só sabe fazer dessa forma, eu odeio quando você faz isso, etc. Substitua por: você pode tentar de outras formas, vejo que você não estudou o suficiente, vamos tentar estudar mais na próxima oportunidade, talvez dessa outra forma seja mais agradável. Veja, é possível dizer a mesma coisa, utilizando uma linguagem menos severa, mais neutra.
- Separe a atitude do indivíduo: Estar com preguiça não é o mesmo que ser preguiçoso. Critique a atitude, nunca a criança.
- Use o humor: utilizar o bom humor estreita os laços e deixa os problemas mais leves!
Manter o autocontrole e medir o que estamos dizendo pode ser difícil, principalmente quando estamos irritados. Mas é um exercício necessário para não destruir a autoestima das crianças.
Já que as palavras são a base da educação, elimine:
- xingamentos – todos eles. Nenhuma criança deve ser chamada de burra, preguiçosa, bagunceira, mentirosa, etc. Conversar sobre as atitudes é educar, mas nunca devemos rotular uma criança por seus comportamentos.
- humilhações – evite chamar atenção na frente dos outros. Elogie em público, corrija em particular.
- comparações – cada criança tem seu tempo. Comparar habilidades com irmãos ou amiguinhos destrói a personalidade e faz com que a criança se sinta inferior.
Lembre-se que palavras têm efeito mais devastador do que as armas. As crianças que se sentem valorizadas e incentivadas, tornam-se adultos mais confiantes, equilibrados e felizes.
Por Amanda Puly