TDAH em meninas: sintomas ocultos

Para cada 3 homens diagnosticados em TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), temos apenas uma mulher. Por uma questão cultural de gênero, é comum que os meninos sejam mais agitados, mais impulsivos, mais desafiadores. Mas o transtorno pode se manifestar de outra forma também, sem predominância de hiperatividade. Dentre as meninas, predomina o tipo desatento. Logo, o TDAH no gênero feminino é muito mais difícil de ser detectado. É bem provável que existam muitas mulheres que se enquadrem nas características, mas sem o devido diagnóstico.

Espera-se que as meninas sejam delicadas, organizadas , calmas. Ainda na infância podemos notar a menina que foge aos padrões: seu caderno é desorganizado, sua mochila está cheia de papéis e casquinhas de lápis, sua letra não é muito caprichada. As notas podem não refletir, mas ela parece estar sempre no ‘mundo da lua’, rói as unhas ou as tampas das canetas. Embora não sejam comuns, ainda existem os casos de meninas hiperativas e tagarelas. Conforme o tempo passa, aumentam-se as responsabilidades. Então não conseguem ser boas mães, boas esposas, boas profissionais.

A cobrança para que consigam dar conta é o desafio mais doloroso para essas mulheres, que se sobrecarregam e estão constantemente cansadas. Espera-se que administrem a casa, a vida escolar dos filhos, as refeições, os horários, a vida profissional.

O preço a ser pago pela falta de um diagnóstico vai desde a dificuldade no rendimento acadêmico até problemas psicológicos, como ansiedade, transtorno de humor e depressão.

Por isso é tão importante conhecer o TDAH e seus sintomas. Entender que o diagnóstico direciona aos tratamentos corretos. É possível tratar, mesmo depois da fase adulta! Aprender a não se deixar influenciar pelas críticas e descobrir que o TDAH tem qualidades que só precisam ser corretamente direcionadas!

Por Amanda Puly

Veja também:

Como o TDAH se manifesta nos adultos?

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