Engatinhar: a importância de vivenciar essa fase.

Parece óbvio simplesmente dizer que o engatinhar e o andar são duas fases bem diferentes e que desenvolvem habilidades distintas. Mas a importância de vivenciar cada uma delas não é tão óbvia assim. Muitos familiares caem na armadilha de se orgulhar quando o bebê pula a fase do engatinhar e começa direto a andar.

Engatinhar não tem nada de simples. Para isso, a criança precisa coordenar os movimentos dos braços e pernas, aplicar a força necessária, observar ao seu redor, ultrapassar obstáculos… Dá pra imaginar quantas vivências e descobertas podem acontecer aí?

Quando essa etapa tão importante é queimada, podem ser prejudicadas habilidades futuras de movimento, equilíbrio, leitura, escrita e cálculo.

Ao engatinhar, o bebê fortalece a coluna, os músculos e articulações, desenvolve o equilíbrio e a coordenação motora, a percepção visual e espacial. Também é aprimorado o desenvolvimento neurológico, a concentração e a memória.

Engatinhando, a criança movimenta-se com mais autonomia. O risco de cair e machucar-se é menor.

Os benefícios de aproveitar bem essa fase são muitos. Basta deixar que a criança se movimente em espaços limpos e apropriados, estimulá-la se necessário e claro, sempre supervisionar.

E o que fazer se a criança já tem 3, 4, 5 anos e não engatinhou, indo direto para os passinhos? A resposta é uma só: fazê-la engatinhar. Se for preciso, engatinhe junto. Crie brincadeiras, imitações de animais. Monte circuitos com obstáculos (em casa mesmo) para serem percorridos sobre 4 apoios. Faça isso durante muitos dias. Com certeza, essa vivência será uma oportunidade de resgate e muito aprendizado!

Por Paula Puly

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