Por que punição já não funciona mais com as crianças?
Alguns anos atrás as mulheres eram submissas aos seus maridos, os empregados eram submissos aos seus chefes, existia uma hierarquia cultural implícita nas relações pessoais e as crianças presenciavam tudo isso dentro de casa. Por isso, as crianças obedeciam e respeitavam seus pais sem questionar ou se opor.
Hoje em dia a figura do homem da casa está se apagando, pois a mulher conquistou um espaço tanto ou mais importante dentro do lar. No trabalho, um bom chefe é aquele que valoriza a opinião de seus empregados e cumpre suas funções em parceria. Todos lutam por seu espaço e querem direitos iguais. E tudo isso tem se refletido nas relações familiares. As crianças apenas seguem os exemplos que vivenciam.
Ter um filho responsável já não significa mais ter um filho obediente. A responsabilidade se adquire em um ambiente onde haja afeto, firmeza e gentileza.
Os resultados obtidos com as punições são: culpa, raiva/rancor, rebeldia, mentiras e dissimulações nas vezes seguintes, queda na auto confiança e na auto estima, vergonha. Elas podem resolver o problema momentaneamente, mas não a longo prazo. Isso quer dizer que o mau comportamento pode ser resolvido na hora, mas se repetirá de novo… e de novo… e de novo.
Descobrir o por quê do mau comportamento é o primeiro passo: se é para chamar sua chamar atenção, sentimento de inferioridade ou frustração, disputar quem pode mais, vingança, etc.
Não punir as crianças não significa dar liberdade para fazerem o que quiserem. Mas também não é necessário fazê-la perceber as consequências de seus maus comportamentos através de culpa, vergonha ou dor. Esqueça a história do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Existem outras formas de educar os filhos: através da compreensão, empatia, criação de rotinas, diálogo e do envolvimento das crianças na criação das regras e solução dos conflitos, que conversaremos mais profundamente em breve!
Por Amanda Puly