Viva a neurodiversidade!

Eu não penso igual a você, que pode não concordar com tudo que eu digo. O que faz bem para uns, pode não ter efeito nenhum sobre outros.

O autismo está cada vez mais presente. Passamos de 1 caso em cada 88 crianças (2012) para 1 em cada 45 (2014), segundo dados do CDC (Central for Disease Control). Não é como uma virose, que vai embora após algumas doses de remédio. Ser autista faz parte da identidade e da personalidade dessas pessoas.

Quarenta e quatro pessoas não são capazes de solucionar um problema do qual uma pode ter a chave. Essa mente é brilhante, mas é diferente das demais. Difícil aceitar, não é? Ela estará a maior parte do tempo em desvantagem.

Eles estão entre nós. São minoria, é verdade. Mas são puros e extraordinários. São uma evolução da humanidade. Não querem a cura, querem ser aceitos. Precisam de apoio, compreensão e amor. Muitos precisam de ajuda, isso é inegável. Mas não podemos tentar mudar sua essência. As terapias podem facilitar muito suas vidas, mas uma sociedade mais flexível, respeitosa e informada ajudará muito mais.

As diferenças neurológicas estão aí, se multiplicando. Mas são invisíveis. Isso significa que temos que respeitar algo que não está assim tão claro. Respeitar mais e julgar menos a criança que parece estar fazendo birra, os medos que parecem sem fundamentos, aqueles que repetem a mesma coisa o tempo todo, aquele cara esquisitão que não fala com ninguém, e tantos outros comportamentos que não entendemos bem o por quê. A neurodiversidade apenas enriquece a sociedade que a respeita e a abraça!

Então temos mentes inquietas, focadas, imaginativas, abstratas, organizadas, concretas, pensantes, tumultuadas…  Não só por uma questão cultural ou educacional, mas porque cérebros podem funcionar de forma diferente. Diferentes pessoas pensam de forma diferente.

Viva a neurodiversidade!

Por Amanda Puly

Artigos Relacionados

Responder