Como falar sobre homossexualidade com as crianças?
A homossexualidade ou homoafetividade é assunto delicado, principalmente nas famílias mais conservadoras. O fato é que a diversidade está cada vez mais presente na sociedade e já não há mais espaço para o preconceito.
O padrão da família tem mudado ao longo dos anos. Na verdade, já não existe um padrão.
O medo inicial em alguns pais é que haja influência na criança, principalmente nos pais de meninos. E disso já tiramos o primeiro ensinamento: não é algo que se influencia ou se escolhe.
Crianças nascem sem qualquer preconceito. Inconscientemente, nós adultos implantamos aos poucos padrões (de família, de beleza, de crenças, de ser humano) que, durante a formação da personalidade da criança, podem se transformar em intolerâncias ao que é diferente.
Mas queremos entregar aos nossos filhos uma sociedade com menos julgamentos e mais tolerância, não é mesmo?
Então, é essencial ensinar o respeito a todo tipo de diversidade. E a melhor maneira de ensinar algo é sendo o modelo, neste caso, agindo respeitosamente no cotidiano.
Quando devemos falar nesse assunto?
Não haverá um momento exato em que esse assunto precise ser abordado. As respostas às crianças devem ser dadas à medida que elas tiverem curiosidade em perguntar. Neste momento, os pais devem responder de acordo com o amadurecimento de cada uma. Para algumas, uma resposta simples será suficiente. Para outras, será a chave para muitas outras dúvidas e precisarão de mais esclarecimentos. Por isso, é importante manter a tranquilidade em todos os casos e responder da forma mais natural possível. São duas pessoas que se amam e resolveram constituir uma família. E só!
Além do mais, quantos casos já vimos de casais homoafetivos que foram capazes de amar muito mais um filho deixado pelos pais biológicos?
Por Amanda Puly